quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Mãos Frias




O prazer que me não dá, aquecer as minhas mãos enregeladas pelo frio que me assola o corpo e a alma.
Não pelo facto de estas ficarem quentes, não...
A efemeridade do momento em que a temperatura delas transita violentamente do frio ao quente,
tão espontaneamente...
A satisfação de sentir aquele lapso inigualável nem que por um milésimo da mais ínfima
partícula do tempo.
Ah...o Rei de mim que me torno por tão curto Eu. Sem Reino para reinar nem coroa para vangloriar.
E a dor de a já não ter pesar sobre meus ombros. O que me custa o momento permanecer interdito nos
cárceres do tempo. Não que o pudesse ou fosse minha vontade libertá-lo. A liberdade em consonância com a
eternidade banalizála-ia.
Por isso mesmo choro... Num misto de prazer e perda por tão vago momento de sentir.
Mãos quentes...

2 comentários:

Jacinta. disse...

Senti alguma relutância em comentar, porque não vou mostrar desagrado algum, muito pelo contrário ;)

Adorei e já to tinha dito *

Cinco Beijos.

Luisa disse...

(Quando o frio me é demasiado, resta-me procurar outra fonte... e ser Rei por mais um momento.)

Tão bom, o texto. (: